O executivo municipal de Ílhavo aprovou, esta tarde, a actualização das rendas das habitações sociais. Segundo explicou o vereador Paulo Costa, a medida surge de acordo com aquilo que a lei determina, sendo que, na totalidade das cerca de 40 famílias abrangidas por este regime um terço verá a prestação descer, enquanto que nos restantes dois terços a actualização das rendas culmina com um aumento. Ainda assim, o vereador fez questão de assegurar que não se trata de um aumento, asseverando que ninguém sai prejudicado. “De forma regular verificar junto dos inquilinos quais são os rendimentos para com base nesse valor actualizar as rendas de casa. Trata-se de cumprir a lei. Há rendas que baixam e outras que vão para valor superior”, adianta o vereador do pelouro.
Os vereadores do PS acabaram por votar contra. José Vaz argumenta ser contra a oportunidade desta actualização, dado o momento de crise. “Não sou contra este tipo de actuação, porque é de lei, mas tal como não se fez em 2007, 2008 e 2009 esta é que não era altura para fazer este ajustamento. Vai ser mais um problema para as pessoas. Só pela oportunidade votamos contra”, justificou José Vaz.
Ribau Esteves corroborou a justificação deixada pelo vereador Paulo Costa, explicando que o que está em questão são agregados familiares que viram o seu rendimento aumentar consideravelmente, motivo pelo qual vêem agora as suas rendas actualizadas. E diz que nem todos sofrem com os períodos de crise. “A verdade é que a crise a uns tem prejudicado e a Câmara segue o apoio social mas mesmo em tempo de crise há gente que tem empregos novos e ganha mais dinheiro. O sr. Mexia em ano de crise teve um ordenado de 3,1 milhões de euros. A crise chegou ao sr. Mexia? Claramente não chegou. O sr. Mexia não sabe o que é a crise”, respondeu de forma irónica o autarca de Ílhavo. |