A Câmara Municipal de Ílhavo aprovou o relatório de conta de gerência relativo à actividade municipal de 2009. Um debate que ficou marcado pela troca de acusações entre PS e PSD, tudo por causa da data de entrega dos documentos aos vereadores da oposição. De um lado, José Vaz que se queixa de não ter tido tempo para analisar o relatório, do outro, Ribau Esteves que garante ter entregue dentro do prazo que a lei obriga.
Outra das discussões centrou-se nas taxas de execução e no valor da dívida da autarquia. Os vereadores do PS falam de uma taxa de execução de 44% e um dívida de 32 milhões de euros. É pelo menos esta a leitura de José Vaz, que criticou ainda a falta de estratégia no que toca à captação de investimentos.
“Em 2009 a execução financeira das grandes opções do plano é de 44% e continuamos a verificar um nível elevadíssimo da dívida, que se centra nos 32 milhões de euros. Não podemos deixar de realçar que a dívida total em 2002 era de 16 milhões de euros e em 2009 era quase o dobro. O serviço da dívida nos últimos anos apresenta um crescimento preocupante”, disse José Vaz.
Na resposta, Ribau Esteves acusou os vereadores socialistas de não saberem fazer a leitura do relatório pois, no seu entender, a taxa de execução do orçamento, em relação a tudo o que foi pago, é de 55,88%. No que toca ao valor da dívida diz que é de 28,6 milhões de euros.
“O valor da dívida subiu apenas um milhão relativamente ao ano anterior. Este é o valor da nossa dívida total. Os vereadores do PS falam num aumento para o dobro, mas esquecem que o nosso activo, o património da autarquia, cresceu de 2002 para 2009 em 70 milhões de euros”, esclareceu o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo.
No remate, Ribau Esteves fez ainda um balanço positivo à actividade de 2009, garantindo que “a gestão financeira do município, está devidamente controlada e equilibrada, conjugando-se uma forte e permanente aposta no investimento, com um controlo das despesas e o cumprimento do serviço da dívida”. |