O orçamento do Teatro Aveirense sofreu, em 2010, um corte na ordem dos 50%, muito por causa da redução prevista no contrato-programa com a Câmara Municipal de Aveiro. As dificuldades financeiras terão estado na origem desta redução de verbas que irá obrigar a direcção do teatro a uma gestão financeira mais apertada.
Os partidos com assento na Assembleia Municipal de Aveiro lamentam que a cultura seja “o parente pobre” da autarquia, atendendo ao corte orçamental verificado. António Salavessa do PCP, considera que é um mau sinal este corte no Teatro Aveirense. Critica o facto da autarquia subsidiar outras acções, prejudicando, desta forma, o teatro. “Não é um bom sinal que um dos primeiros cortes tenha sido no subsídio ao Teatro Aveirense”, salienta António Salavessa.
Paulo Anes, do PSD, entrou em defesa da autarquia, na última edição do programa Canal Central. Lembrou que não há dinheiro para tudo e que não se pode deixar de investir na recuperação das escolas ou na acção social para apoiar a cultura, embora reconheça a importância do Teatro Aveirense. “Gostaria que fosse dado mais dinheiro ao Teatro e outras coisas mas as escolas são importantes, assistência social, cultura, estradas e outras áreas representam um leque enorme de carências porque não há dinheiro”, disse Paulo Anes.
Joana Dias, do Bloco de Esquerda, concorda com Paulo Anes, no que toca à necessidade de se continuar a investir na educação e acção social. Mas chamou a atenção para o facto do Orçamento para 2010 da Câmara de Aveiro ter verbas reduzidas para a acção social. Há outras medidas que poderiam ser tomadas, diz Joana Dias. “Ninguém quer tirar às escolas e à Acção Social mas estas também não têm muito. A Câmara deu isenções de IMT e é uma questão de opções”, salienta Joana Dias no debate sobre os cortes orçamentais previstos para o Teatro Aveirense. |