Os trabalhadores da Renault Cacia começam hoje a greve de 30 minutos por turno, de forma a protestar pelo aumento de salários. Recorde-se que a decisão de greve resultou da recusa da administração da empresa em negociar o Caderno Reivindicativo. Manuel Chaves, da Comissão Sindical, adianta que os trabalhadores entenderam que a empresa não tivesse aumentado os salários durante o período de crise que atravessou, mas a contratação de novos 70 funcionários é sinal de que essa crise já passou: “Os trabalhadores da CACIA, tendo em conta o período de crise que houve, compreenderam e aceitaram que não houvesse aumento de salários e que fosse feita uma redução no prémio trimestral. Este ano, a empresa está a trabalhar a mais de 100% porque já admitiu 70 contratados e, por essas razões, há condições de repor aquilo que a empresa já nos tinha dado”.
Manuel Chaves garante ainda que a empresa quer aumentar os salários em apenas 1% e que se não der resposta à greve, os trabalhadores voltam reunir em plenário: “Na realidade, a empresa quer dar 1% e metade será das evoluções profissionais. Se não houver sinal da administração teremos de fazer novos plenários”.
O plenário realizado na passada semana decidiu, ainda, avançar para a suspensão dos efeitos da bolsa de horas e fazer greve ao trabalho suplementar, em dias de semana, de descanso semanal e feriados. |