Investigadores da UA testam materiais celulares em sistemas de protecção pessoal e de defesa. Testam materiais celulares que, por serem resistentes, mais leves e baratos e terem uma boa capacidade de absorção de energia, se podem apresentar como uma alternativa auspiciosa aos actuais sistemas de protecção de pessoas, veículos e edifícios.
«Estamos a trabalhar com materiais celulares e porosos, alguns naturais outros de base metálica, que possam vir a ser implementados em sistemas de protecção pessoal – capacetes, coletes – protecção para veículos – armaduras e blindagens como uma maior capacidade de protecção – e em edifícios ou outras infraestruturas. A escolha dos materiais em análise baseia-se essencialmente na adequação das suas propriedades ao fim pretendido, em cada uma das três vertentes», disse Filipe Teixeira-Dias, coordenador da equipa de cerca de 20 pessoas, que desenvolvem estudos.
Explica que «num colete de protecção pessoal não podemos usar, por exemplo, sistemas pesados ou que tenham um volume grande. Tal iria impedir a flexibilidade e mobilidade desejadas. No entanto, não há nada que nos impeça de o utilizar num edifício ou num veículo de grande porte, uma vez que já não apresenta esse tipo de constrangimentos».
Esse trabalho passa, primeiramente, por conceber modelos que permitam simular numericamente o comportamento dos materiais, cuja validação será concluída com a confrontação de dados experimentais. Estes resultados experimentais poderão vir a ser obtidos no laboratório do DAPS ou através de algumas das parcerias que o grupo mantém com entidades europeias, como explica o investigador. |