Os partidos com assento na Assembleia Municipal de Ílhavo admitem que o Orçamento de Estado dá pistas sobre a introdução de portagens na A25 e alertam para a falta de alternativas a esta via nas ligações entre o litoral e o interior e na ligação a Espanha. José Alberto Loureiro, do PCP, revela que sempre teve essa convicção. “Numa conversa o presidente disse que só por cima do cadáver dele a A25 seria portajada e eu disse que estava com ele. Já fomos. Vai ser portajada”, disse JAL.
Para o Social Democrata, Paulo Costa, a introdução de portagens é um princípio geral aceitável mas lembra que, neste caso, há falta de vias alternativas para o cidadão poder escolher. “ É preciso verificar cada situação e ver se há ou não alternativa. Isto é que é importante”, refere PC.
António Pinho, do PP, diz que falta coerência política. Ora se justifica o TGV com a proximidade a Espanha, ora de introduzem portagens na A25 em prejuízo da ligação ao porto de Aveiro. E dá como exemplo o discurso do novo Ministro das Obras Públicas como sinal de fragilidade nos argumentos. “A esta hora está Zapatero a dizer não metam portagens senão fica a praia muito mais cara”, ironizava AP.
José Vaz, do PS, mantém o discurso da concelhia socialista sobre as isenções. Diz que as Autarquias locais terão papel fundamental para conseguir a isenção de pagamento em áreas urbanas. “Entendo que é necessário ter a cultura do utilizador pagador. Na A25 todos pagamos para que camiões de todo o mundo passem sem pagar”, justifica JV em debate na última edição do programa “Discurso Directo”. |