Os partidos com assento na Assembleia Municipal de Ílhavo consideram que a criação do Parque da Ciência e Inovação é um bom investimento, mas PCP e CDS revelam alguns receios, nomeadamente na geração dos postos de trabalho previstos. José Alberto Loureiro, em representação do PCP, acredita que o projecto vai demorar a arrancar e relembra o número de jovens que têm de emigrar para conseguir arranjar emprego: “Na situação em que o país se encontra, não sei até que ponto haverá assim tantas empresas a ser criadas para ocupar aquele parque. Tenho dúvidas que possa avançar nos anos mais próximos. Vemos é o desemprego a avançar cada vez e emigrantes da Gafanha da Nazaré são às centenas”.
Também o CDS-PP revela alguns receios no projecto da Parque da Ciência. Francisco Rocha garante que o município de Ílhavo está a perder preponderância já que a gestão do parque passará toda por Aveiro: “É um bom investimento porque vai aglutinar algumas energias que vão potenciar o desenvolvimento local. O que me tem preocupado é o facto de Ílhavo estar a perder preponderância. Embora 30 hectares do projecto se localizem em Ílhavo, em termos de gestão está tudo a passar por Aveiro”.
Já o PS considera que o projecto irá em muito beneficiar o município ilhavense. José Vaz relembra a importância do número de postos de trabalho que irá criar, seja a médio ou longo prazo: “Este é um projecto que trará emprego qualificado para o concelho de Ílhavo. A partir de agora, vamos estar no centro do futuro. O projecto prevê a criação de cinco mil postos de trabalho no espaço de dez anos. Se não for em dez, que seja em quinze. Cinco mil posto de trabalho numa zona destas é muito positivo”.
Também o PSD avalia o projecto de forma positiva. Paulo Costa garante que Ílhavo nunca teve, e nem terá nos próximos anos, um projecto tão importante como o Parque da Ciência e Inovação: “Este é um projecto diferente do habitual. É um projecto marcante e um dos mais importantes que Ílhavo já viu e vai ver nos próximos anos. Não só pelos postos de trabalho que vai criar, mas pela orientação que vamos dar à região e ao país para um determinado sector. Este é um projecto de futuro”.
O debate na última edição do programa “Discurso Directo”. |