PSD, PP e PCP olham com desconfiança para a nomeação de José Mota como Governador Civil de Aveiro.
O PP considera estranho que candidatos derrotados nas últimas autárquicas sejam premiados com a nomeação. Francisco Rocha, representante do PP no programa Discurso Directo, não entende os critérios de que quem escolhe os representantes do Governo: “É um ilustre desconhecido. Não sabemos se se trata de um prémio ou de um castigo. José Mota perdeu a Câmara de Espinho e é nomeado Governador Civil. Acho que, em termos de distrito, não temos muito a ganhar”.
José Alberto Loureiro, do PCP, diz que era tempo de acabar com estes cargos. Considera que não faz sentido manter activos os governos civis: “O Governo nomeia quem muito bem entende. Não conheço o José Mota. Deve ter sido um bom presidente de Câmara, esteve lá muitos anos, e deve ter o seu valor. Parece-me que a figura do Governador Civil é só um representante do governo que «corta-fitas», distribui subsídios e pouco mais”.
Flor Agostinho, do PSD, considera que esta nomeação causa embaraços aos municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro: “Esta nomeação não faz sentido. Um derrotado não faz sentido que seja agora premiado com um cargo destes. O que deveria ter sido feito era extinguir estes lugares. Com as comunidades intermunicipais estes cargos não fazem sentido”.
José Vaz, do PS, elogia José Mota e aprova a escolha. Diz que o ex-autarca de Espinho há muito estava destinado a ocupar este cargo: “O José Mota só não foi nomeado Governador Civil há mais tempo porque era presidente da Câmara. Tem características e qualidade para exercer este cargo”.
A posição dos partidos com assento na Assembleia Municipal de Ílhavo em declarações ao programa “Discurso Directo”. |