O deputado do PS na Assembleia Municipal de Aveiro questionou, ontem à noite, o executivo liderado por Élio Maia sobre o processo da venda dos terrenos das piscinas ao Beira-Mar. Gonçalo Fonseca fez referência aos acontecimentos passados no último Verão e lembrou que, quatro meses depois, “a situação do Beira-Mar só piorou”. Disse estranhar o silêncio do executivo e quis saber “qual é a solução, ou quais as soluções, que estão a ser ponderadas no que toca ao Beira-Mar” e “qual a dívida que a autarquia tem para com o clube”.

Gonçalo Fonseca disse ainda que o PS está disponível para “ajudar a encontrar uma solução”, ressalvando que, para isso, “é preciso conhecer o real valor da dívida”. O deputado socialista fez ainda uma referência às declarações de Ulisses Pereira que apresentou como um das soluções possíveis para o estádio municipal a sua demolição. “Se o Beira-Mar continuar nesta situação, o estádio ficará abandonado”, disse Gonçalo Fonseca, alertando para o facto que “a sua demolição implica transformar 65 milhões de euros em areia e impedir a concretização do plano de saneamento financeiro”.

Élio Maia, respondeu ao deputado socialista dizendo que todos lamentam a situação do Beira-Mar, mas lembrando que “em Portugal a lei não permite às autarquias apoiar e financiar o futebol profissional”.

Por seu lado, Carlos Santos, vice-presidente da Câmara de Aveiro disse que "o melhor serviço que posso prestar ao Beira-Mar é não dizer tudo o que sei e continuar a trabalhar para resolver esta situação. Acho que há informações que, pelo interesse público de muitas instituições, devem ser reservadas".