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NOTÍCIAS |  | | 21-10-2009
| Agricultores alertam para problemas do sector e pedem mais apoios
| | Centenas de agricultores manifestaram-se em Aveiro, aproveitando, mais uma vez, a inauguração da Agrovouga. Vieram de várias ... |
| | Centenas de agricultores manifestaram-se em Aveiro, aproveitando, mais uma vez, a inauguração da Agrovouga. Vieram de várias localidades do Norte e Centro do País para pedirem mais apoios ao Governo e para alertarem para a situação de crise que vive o sector agrícola.
Pedem a intervenção do Governo para garantir o escoamento dos produtos e melhores preços de produção. Luís Varela veio de Gouveia para se juntar a outros agricultores. Traz apenas um objectivo. “Alertar para os problemas que vivemos, antes que muitos tenham de abandonar de vez a actividade”, disse, acrescentando que “não conseguimos escoar os nossos produtos e o que vendemos é a preços tão baixos que não paga o trabalho e o investimento que fizemos”.
Também Ivone Ribeiro, de Anadia, se queixa da falta de escoamento dos produtos. Dedica-se à produção de batatas, vinho, azeite e outros hortícolas e garante que não consegue vender. “Está tudo lá em casa e o pouco que vendemos, ainda tivemos de ir com os tractores levar os produtos ao negociante”, conta. “Os preços a que nos compram as coisas não paga os investimentos que fazemos em sementes e adubos. Precisamos de ajuda”, apela esta agricultora.
Honário Novo, deputado do PCP na Assembleia da República, também esteve presenta na manifestação para “dar apoio” e mostrar “solidariedade com a luta dos agricultores”. Criticou os apoios de Bruxelas ao sector do leite por serem “tardios” e “insuficientes”. “Este apoio que foi agora anunciado por Bruxelas, cinco ou seis milhões, é insuficiente, pois corresponde a uma média de 300 euros por agricultor. É insuficiente e não responde aos problemas estruturais do sector”. As críticas vão também para a política de cotas que, na sua opinião, levarão à extinção de muitas explorações leiteiras. “ Serão poucas as que conseguirão viabilidade económica para se manterem em funcionamento, beneficiando, assim, países do norte da Europa como a Dinamarca e o Reino Unido a quem interessa o fim das cotas”. |
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