Em 2001, o protocolo entre a Câmara e a Refer, que previa a realização de várias obras na cidade complementares à construção da nova estação ferroviária, foi aprovado na Assembleia Municipal pela totalidade dos partidos. Sexta-feira passada, porém, essa unanimidade rompeu-se quando o actual executivo camarário propôs rever o acordo, prevendo uma nova forma de pagamento à empresa gestora da rede ferroviária.
O acordo celebrado há 11 anos, quando o socialista Alberto Souto liderada a edilidade, previa um conjunto de empreitadas no total estimadas em 7,2 milhões de euros, entre elas o túnel sob a estação ou passagens superiores em S. Bernardo e Quinta do Cruzeiro. Estas obras, nem todas concretizadas, seriam em grande parte suportadas pela autarquia, nomeadamente através da cedência de um terreno à Refer.
A responsabilidade de efectuar as obras coube à empresa, mas as estimativas de custos acabaram por sair furadas - o túnel sob a estação, por exemplo, custou oito milhões de euros em vez dos cinco previstos, assinalou Élio Maia, líder do município.
|