A Polícia Judiciária de Aveiro está a tentar montar as peças do “puzzle” e entender o que se passou durante a madrugada de anteontem, na casa de Artur Frias, que foi, seguramente, vítima de um homicídio violento, na Branca, em Albergaria-a-Velha. O móbil do crime é, para já, desconhecido, mas há suspeitas de que o homem tenha sido roubado e espancado até à morte.
“Estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance” para deslindar o caso, informou, ontem, fonte ligada à investigação, sem adiantar mais pormenores, uma vez que a autópsia ainda não fora realizada. Antes de ser encontrado morto, amordaçado e com mãos e pés atados, ao início da tarde de anteontem, o septuagenário tinha sido visto, pela última vez, na noite anterior, no café que habitualmente frequentava, a escassos metros de sua casa, à face da EN1. “Estava tudo bem com ele. Esteve a jogar cartas, como sempre, bem-disposto. Ninguém notou nada de anormal”, contou, ao Diário de Aveiro, a funcionária do estabelecimento.
“Nem a um animal
se faz aquilo”
Por esse motivo, ninguém esperava que, pelas 13 horas do dia seguinte, uma funcionária da associação Probranca, que lhe prestava apoio domiciliário, encontrasse o cenário macabro quando foi levar o almoço ao homem.
“Saiu de lá a correr e foi à farmácia do outro lado da estrada pedir ajuda. Disse que aquilo que lhe fizeram não se faz sequer a um animal”, relatou um vizinho de Artur Frias.
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