O município de Aveiro aceitou pagar a dívida à Refer, de 12 milhões de euros, em dinheiro, conseguindo um prazo alargado. O aditamento ao protocolo inicial foi aprovado pela maioria PSD-CDS com os votos contra dos eleitos do PS e da independente Ana Vitória Neves.
A dívida resulta do protocolo no último mandato do PS no âmbito da construção da nova estação de Aveiro, entre outras obras.
O acordo deixado pelo autarca socialista previa o pagamento dos custos a suportar pela edilidade, ao tempo ordem dos 9 milhões de euros, mediante a entrega à rede ferroviária de terrenos na zona da estação em valor igual.
Ao deixar cair a permuta, a Câmara revelou fragilidade na negociação, acusa o vereador socialista João Sousa. “Penso que há uma posição de fragilidade na negociação com a REFER. Há menorização da Câmara”.
As obras foram executadas até 2006, tirando a passagem superior da Quinta do Cruzeiro, que teve de ser corrigida. Para Eduardo Feio, líder da concelhia do PS, a coligação demorou tempo de mais a negociar o pagamento.
“Sete anos volvidos finalmente discutem os termos de como isto vai fechar. Isso é a primeira perplexidade. É um processo que devia ter sido atacado de forma rápida tanto mais que isto foi usado como argumento político da pesada herança. Isto não foi uma obra do PS. Foi uma obra aprovada por todos na Assembleia Municipal”. |