Os Bombeiros Novos de Aveiro assumem a paternidade da taxa. Albuquerque Pinto, o presidente da Associação Humanitária, adianta que é fundamental em momento de rotura. A poucos dias de celebrar os 104 anos de vida, a corporação confirma um cenário de salários em atraso.
“Os salários dos meus bombeiros estão, vergonhosamente, em atraso. Se as entidades não olharem para os bombeiros terão que desembolsar 4 ou 5 milhões de euros. Neste momento a Câmara não vai além dos 300 mil euros. Alguns autarcas não acreditam nisto. Podem fazer consultas e encontrar esta verdade. Neste momento a nossa responsabilidade foi de 1 milhão de euros. Recebemos pouco mais de 40% do Estado e 15% da Câmara”.
Salários em atraso nos Bombeiros Novos. O presidente da direção assume que este é um momento de risco mas assegura que não deixa fechar a corporação nem que tenha de pisar a linha da legalidade. “Vamos lá a ver se o 105º aniversário sai como era habitual, em que era com pompa e circunstância, sem esbanjar mas com dignidade. Este corpo tem 104 anos de atividade ininterrupta. É por isso que não o fecho. Posso ser sancionado criminalmente por dívidas à segurança social mas por mim não fecho”.
Albuquerque Pinto à espera das comparticipações da nova Taxa Municipal, admite que esteve na génese da ideia. “Fomos mentores, eu e Vítor Silva, e pugnámos por isto. Reconhecemos que a autarquia tem dificuldades financeiras. A verdade é que também temos essas dificuldades e o serviço de bombeiros é como o serviço de saúde. Não podemos parar e se pararmos é uma desgraça para a cidade”. |