Ele próprio não se reconhece como Eduardo. “Nem virava a cabeça se alguém me chamasse assim”, diz ao Diário de Aveiro. Foi esse o nome que lhe puseram há 80 anos, quando nasceu na Rua do Arco, na beira-mar. Mas é pela alcunha que herdou do pai (nascida durante as caçadas aos pintassilgos no Rossio) que todos o conhecem: Atita, uma das figuras mais populares de Aveiro das últimas décadas.
Eduardo Raposo Rodrigues Sousa nasceu a 21 de Novembro de 1932, filho de um pai ceramista e de uma mãe doméstica que ainda fazia uma perninha num armazém de sal do Canal de S. Roque.
Cedo se dedicou ao desporto, tendo sido futebolista do Beira-Mar e nadador, modalidade em que se destacou - não por acaso alguém o baptizou “tubarão dos mares”. No futebol chegou, por pouco tempo, à primeira equipa do emblema ‘auri-negro’, mas uma lesão no menisco atirou-o, aos 23 anos, para fora dos relvados - o desporto-rei ficou assim privado de um extremo-direito que pela sua velocidade era um “autêntico rato atómico”.
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