Luís Rosas, 28 anos, é o campeão regional de Surf Open. O surfista, que começou no bodyboard aos 9 anos, já fez vela e é detentor da Taça de Portugal de LongBoard, tem no Surf a sua grande paixão. No dia em que recebeu no Centro Cultural de Ílhavo o prémio pela vitória no campeonato regional de surf, na categoria Open, Rosas realça trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela Associação de Surf de Aveiro.
"A Associação tem feito um trabalho impecável com todos os atletas. Uns anos mais, outros anos menos, isso varia com os patrocínios e com o dinheiro, mas o presidente Pedro Velhinho tem feito um ótimo trabalho nestes últimos anos”.
A Ivan Fernandes, 20 anos, foi entregue o título de campeão regional de BodyBoard Open. O atleta deixa elogios às praias ilhavenses, sublinhando as potencialidades da Barra e da Costa Nova para a formação de surfistas.
"Muitos boas praias para a prática do surf e do bodyboard, sem dúvida. Há muito potencial. É muito bom para aprender. É muito bom por que em ambas as praias dá para começar por um nível inicial e evoluir até um nível mais avançado. Na praia da Costa Nova temos um nível mais avançado mas na praia da Barra temos ondas de todos os níveis".
Luís Rosas corrobora a opinião do colega e acrescenta a excelência e exigência da praia da Costa Nova. “A Costa Nova é dos sítios mais consistentes de Portugal. Dá muito boas ondas no inverno. O Regional de Aveiro tem que ter uma etapa na Costa Nova. Um dia com ondas na Costa Nova exige algum nível e o campeonato regional passa mesmo por isso desde as ondas mais pequenas até às maiores”.
Vasco Ramalheira, vice-presidente administrativo da Associação de Surf de Aveiro, sublinha que o mais importante é a aposta na formação.
"Um dos principais objetivos da Associação de Surf de Aveiro é formar surfistas e bodyboarders. E ao mesmo tempo estamos a formar pessoas que sabem ir para o mar, que aprendem a surfar e que, de hoje para amanhã, podem salvar alguém. Acontece muitas vezes durante o ano. A nossa prioridade é a formação, a partir da escola de surf. E depois dar continuidade a essa formação numa formação mais competitiva”.
Numa altura em que o apoio dos patrocinadores é vital para a organização de competições desportivas, o dirigente reforça que há parceiros e que o facto do surf ter vindo a crescer no concelho de Ílhavo tem atraído muito mais gente e que isso atrai patrocinadores.
“As parcerias que funcionam, funcionam. Quando não há parceria, não funcionam. Mas nós sentimos que as coisas estão a evoluir, o surf hoje em dia já é visto de uma maneira diferente, já há muito mais gente a praticar surf. O público do surf já é um público atrativo para patrocinadores de muitas áreas de negócios. O mundo do surf, no concelho de Ílhavo já tem uma dinâmica muito grande, não só a nível desportivo como a nível empresarial”.
Depois da entrega dos prémios das várias categorias que decorreu ontem no CCI, a cerimónia seguiu com um leilão de obras inspiradas no surf. Os quadros, fotografias, ilustrações e esculturas, que fizeram parte da exposição SurfArte.
Na lista de vencedores contam-se Rosa Gomes (bodyboard feminino), Tomás Maranhão (bodyboard sub-14), Gonçalo Soares (bodyboard sub-16), João Velhinho (bodyboard sub-18), Ivan Fernandes (bodyboard open), Rúben Silva (longboard), Débora Valladares (Surf feminino), Luís Pita (sub sub-12), António Rodrigues (surf sub-14), João Anjos (surf sub-16), Jorge Rosas (surf sub-18) e Luís Rosas (surf open).
O Circuito Regional incluiu 3 Modalidades (Surf, Bodyboard e Longboard) e contou com 5 Etapas (Barra 3, Costa Nova 1 e Vagueira 1). A melhor onda foi de Hugo Vieira (na 2ª etapa na Vagueira) com 9.17 pontos. Ao todo houve 10 dias de competição em 12 categorias, 188 competidores do ranking e foram surfadas 4.129 ondas durante todo o Circuito.
Texto: Afonso Ré Lau |