Sabia-se que terá havido um povoamento antigo no Crasto, no entanto não havia quaisquer provas físicas que o demonstrassem. Isto até há pouco tempo, porque as recentes obras da Universidade de Aveiro trouxeram a descoberto uma peça cerâmica com cerca de cinco mil anos, que foi ontem apresentada, ao vivo, na sessão solene dos 176 anos da freguesia de Aradas, que decorreu no salão nobre da sede da Junta.
É uma peça arqueológica “sagrada para a freguesia de Aradas”, vincou David Paiva Martins. O presidente da Junta de Freguesia explicou que o artefacto entregue pelo arqueólogo Paulo Morgado e montado por Isabel Pereira é único em Portugal e, a nível mundial, só na Andaluzia (Espanha) é que é conhecido outro do mesmo género. “Pensa-se que seria uma peça decorativa, contudo, apresenta marcas que revelam que poderá ter sido exposta ao fogo”, esclareceu David Paiva Martins.
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