Ontem, de tarde, a Praça Joaquim de Melo Freitas, em Aveiro, estava diferente. Uma instalação com papoilas de papel, folhas com frases, um espartilho, pegadas com mensagens, chinelos e velas, atraiam a atenção de quem passava, e era isso mesmo o pretendido pelo Movimento Democrático de Mulheres (MDM), ao agendar para este dia uma acção de protesto, um pouco por todo o país.
O MDM de Aveiro, na voz de Manuela Antunes da Silva, pretende aproveitar “o momento em que se está a discutir o Orçamento do Estado e construir uma carta com testemunhos de todo o país, dirigida ao Presidente da República, ao Primeiro-ministro, deputados e à presidente da Assembleia da República”, disse ao Diário de Aveiro, acrescentando que esta acção pretende ser “a voz das mulheres que, neste momento, sentem grandes dificuldades em sobreviver a tantas medidas de austeridade”. São “mulheres novas, que não conseguem emprego, mulheres maduras, precariamente pagas pelo que fazem e mulheres avós, a serem o sustentáculo de muitas famílias com reformas miseráveis”, lamenta.
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