As taxas de IMI e Derrama foram aprovadas esta tarde, na reunião pública do Executivo Municipal ilhavense, por maioria, com os votos desfavoráveis dos Vereadores do Partido Socialista e a votação, a favor, do Executivo Social Democrata. Sobre a Derrama, Ribau Esteves, líder autárquico, revelou que os valores do imposto atingem os 400 mil euros anuais, "uma receita pequena mas importante", sublinhando que "o imposto poderia ser reduzido, obviamente que sim, mas, se usarmos aquela 'máxima' do PS de reduzir em 10 por cento os impostos, muito bem, obteríamos uma receita de 360 mil euros, enfim, são verbas que valem o que valem, seria um exercício pouco relevante para a receita da Câmara e pouquíssimo relevante para a estrutura de despesa das poucas empresas que pagam Derrama, penso que a pobreza e a desactualização da proposta do PS não me convence, esta nossa proposta faz sentido", afirmou. José Vaz do PS tinha opinado, anteriormente, que a aplicação da taxa máxima na Derrama "não trouxe nenhum beneficio para as zonas industriais de Ílhavo, que não são cuidadas, os lotes não se vendem, ninguém os quer, por isso seria importante dar um incentivo às empresas baixando a taxa, as nossas zonas industriais não são nada atractivas", disse. Sobre a "manutenção" dos valores do IMI, José Vaz disse que "o orçamento das famílias vai sofrer um forte 'abalo', a Câmara tem uma fixação enorme pela manutenção das suas receitas, excepcionalmente deveríamos estar a discutir o rebaixamento dos valores do IMI, a autarquia é insensível para com a população em dificuldade", acusou. Na resposta, o Vereador Paulo Costa (PSD) falou em "argumentos socialistas demagógicos". "O PS defende valores aplicáveis mais baixos mas depois vem reclamar isto e aquilo, obras e mais obras, as contas do PS dão sempre errado, são contas impossíveis de fazer, as verbas 'recolhidas' são aplicadas em projectos que beneficiam as populações locais", disse. |