O homem que responde em tribunal por burla informática diz que não ganhou nada com a atividade. Um cidadão romeno responde por 146 crimes de contrafação de moeda e outros tantos de burla informática. E ainda por 135 crimes de passagem de moeda falsa, entre outros.
Os factos remontam a 2011, tendo sido apurados levantamentos na ordem dos 20 mil euros em Lisboa, Porto, mas também em Aveiro, Ílhavo e Estarreja.
O homem acusado de burla informática e contrafação de moeda quebrou ontem o silêncio para negar ter retirado rendimento da atividade criminal. O arguido foi detido em Ílhavo em Junho de 2011.
O romeno de 26 anos que está a ser julgado em Aveiro diz que nunca viu dinheiro nenhum, limitava-se a colocar os dispositivos nas caixas ATM a pedido de outro compatriota que a PJ nunca identificou. Alexandru trabalhava no seu país como taxista depois de ter sido serralheiro.
Chegou a Portugal depois de um “amigo” o ter entusiasmado prometendo “ganhar mais com trabalhos nas obras”.
Garantiu ao tribunal que “não queria fazer as fraudes bancárias” mas acaba por “sentir-se obrigado” por querer “ganhar dinheiro e voltar” ao país natal para pagar a dívida da viagem.
Naquela que terá sido a terceira incursão em caixas multibanco foi detido em flagrante, pela PJ, em Ílhavo. Estava há uma semana em Portugal.
O arguido “não sabe, nem tem explicação” para levantamentos posteriores à sua detenção, possivelmente dados recolhidos durante a sua permanência no País. |