Pela primeira vez, começam a evidenciar-se alguns sinais preocupantes em matéria de abandono escolar na Universidade de Aveiro (UA). Em ano de conjuntura financeira difícil, “parece haver mais pedidos de anulação de matrícula que o habitual” e “também que o número de matriculados nos mestrados teve uma quebra acentuada”, reconheceu o reitor da universidade em entrevista ao Diário de Aveiro – a publicar na íntegra na edição de amanhã. Perante este cenário de dificuldades acrescidas para os estudantes e as suas famílias, a UA prepara-se para reforçar, e de forma significativa, o fundo social de apoio aos estudantes.
“O Conselho Geral da UA, por proposta minha e em consonância com o deliberado no CRUP (Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas), decidiu afectar o valor correspondente ao aumento de propinas (cerca de 30 euros por estudante), resultante da actualização da propina máxima, a um Fundo Social”, revelou Manuel Assunção. Contas feitas, o reforço ascenderá a “cerca de 300 mil euros por ano”.
Segundo destacou o responsável máximo pela universidade aveirense, “trata-se de um enorme reforço, uma vez que nós estávamos a gastar cerca de 200 mil euros por ano e temos, agora, um reforço maior do que a dotação inicial”.
Os objectivos e abrangência dos apoios a prover através deste reforço, serão apresentados pelos representantes dos estudantes e discutidos no próximo Conselho Geral, depois de terem sido consensualizados no Conselho de Acção Social, avançou ainda o reitor da UA.
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