Os dois jovens que responderam, no Tribunal de S. João da Madeira, por simulação de crime, foram, ontem, condenados a pagar, cada um deles, uma multa de 550 euros (110 dias de multa à taxa diária de cinco euros), que poderá ser substituída por trabalho comunitário.
A magistrada justificou a condenação com o facto de os arguidos e outros dois amigos - que não se sentaram no banco dos réus porque, na altura, tinham menos de 16 anos -, terem assistido à movimentação das viaturas policiais sem tentarem, sequer, terminar com a brincadeira que os próprios classificaram de “estúpida”.
A diversão, na noite de 28 de Julho de 2008, saiu cara a João Ribeiro e João Xavier, hoje, com 20 anos, que, contudo, poderiam ter sido punidos com pena de prisão até um ano ou multa até 120 dias.
O grupo estava sentado nas bancadas do “court” de ténis do complexo desportivo de S. João da Madeira e decidiu divertir-se, contactando a esquadra da PSP.
Primeiro, contaram que um indivíduo, “com mochila às costas”, estava a tentar invadir o Pavilhão Paulo Pinto. De imediato arrancou uma viatura para o local e foi aí que o grupo telefonou, pela segunda vez, para as instalações policiais. “Estou cercado. Ou a polícia sai daqui ou acciono a bomba”, ameaçou um dos arguidos. “Não sei qual foi a ideia”, disse João Ribeiro, que, na primeira sessão do julgamento, admitiu ter sido sua a decisão de efectuarem a segunda chamada.
|