O arguido terminará hoje a segunda perícia psiquiátrica no Gabinete Médico-Legal de Aveiro, a fim de ser junto o respectivo relatório antes de concluído o seu julgamento, que prosseguirá na próxima sexta-feira com a quarta sessão.
José Pedro Guedes, apesar de não falar para já no julgamento, em articulação com a sua advogada, Poliana Pinto Ribeiro, continua a bater-se pela defesa. Agora vai juntar fotos, para consolidar a sua versão, segundo a qual se referia às refinarias de Estarreja e não à Portucel de Cacia como sendo o local do crime, que diz ter inventado nas conversas com a jornalista Felícia Cabrita.
A questão foi levantada logo na primeira sessão do julgamento, faz hoje uma semana, quando o Ministério Público, nas suas alegações introdutórias, referiu a zona da Portucel, em Cacia, como as imediações e a localidade de Póvoa do Paço como sendo o local do crime, baseando-se nas afirmações de José Pedro Guedes à repórter do semanário Sol.
A defesa do arguido rebateu de imediato a argumentação da procuradora da República, alegando que José Pedro Guedes se queria referir às refinarias da zona de Estarreja que são visíveis a partir do comboio, de ambos os lados.
Entretanto, a advogada de defesa reuniu fotografias tiradas de dentro do comboio num percurso dos suburbanos da linha Aveiro - Porto, segundo as quais José Pedro Guedes se referia às refinarias do parque industrial químico de Estarreja. Tais fotos serão agora juntas ao processo.
Mas a defesa sustenta ainda que o arguido, para se dirigir de Matosinhos à Murtosa (de férias), primeiro tomava um comboio até Estarreja (e não até Cacia) e depois apanhava uma camioneta, entre Estarreja e Murtosa, passando, aí sim, pelas estradas com pinhais, como a Nacional 224 e a Municipal 558, por Pardilhó e Veiros.
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