O Secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, considera que a MoveAveiro está a forçar a rescisão de contratos com pessoal excedentário sem vínculo. Os 17 motoristas com contrato estão a ser convidados individualmente, para acordar rescisões numa operação que o STAL considera como forma encapotada de despedimento uma vez que ao ser por mútuo acordo inviabiliza recurso à carta para o fundo de desemprego. A empresa de mobilidade propõe-se pagar a indemnização em prestações. Mas ainda ninguém aceitou.
Arménio Carlos passou na “tribuna pública” em defesa da Moveaveiro e assumiu a defesa dos trabalhadores da empresa municipal de transporte público.
“É contra isto que os trabalhadores estão. Têm enormíssimo sentido de responsabilidade . A remunicipalização é uma das hipóteses e consta da legislação em vigor. Há coisas esquisitas. Quando se oferece as linhas mais rentáveis a um operador privado. É preciso analisar a causa do prejuízo. Se há incapacidade e incompetência na gestão da empresa tem que se substituir a gestão. Há que melhorar qualidade e quantidade dos transportes a um preço aceitável. Não se devia entregar as carreiras sem contrapartida. O operador tem um acréscimo do seu negócio à custa desta empresa”, declarou Arménio Carlos.
Da parte do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local chega o protesto pela forma como decorrem as conversações com a empresa.
“A última proposta que ele fez foi o trabalhar tomar a iniciativa de rescisão e assumir como mutuo acordo. Paga os direitos e a indemnização mas não dão carta para o fundo de desemprego. Assim, a Câmara não está a despedir. Essa é a bandeira deles. Quer-se livrar de nós mas sem ser acusado de despedimento ou para nos forçar a aceitar a proposta do operador privado que diga-se de passagem é um autêntico nojo. É inconcebível aquela proposta. É fazer do trabalhador autêntico escravo”. |