Humberto Rocha diz que a delimitação das freguesias de Ílhavo chegou na hora certa mas não isenta de erros. Em entrevista ao programa “Conversas”, o ex-presidente da Câmara de Ílhavo disse que há aspetos que podem ser melhorados na proposta aprovada.
Deu como exemplo o centro comunitário “Mãe do Redentor”, construído no tempo em que o pároco da Gafanha da Nazaré foi o Padre José Fidalgo, numa área que, segundo o mapa aprovado, integra a freguesia de São Salvador. Quanto às sequelas do debate admite que podem ficar algumas na relação entre freguesias no rescaldo de um debate mais aceso.
“Acho que a reação demonstra que as pessoas não ficaram contentes. Há reações fundadas e outras que excederam o normal. Numa discussão há sempre exageros. Houve críticas e havia razão mas é escusado chegar a exageros. Até ao aparecimento das plantas pode subsistir algum barulho”.
Na entrevista de ontem, o antigo autarca falou, ainda, sobre a relação da Administração do Porto de Aveiro com a cidade. Humberto Rocha diz que o porto continua sem conseguir a melhor relação com a área circundante. Dá como exemplo o depósito de areias e o enterramento do esteiro Oudinot contra o qual se bateu no passado.
“O progresso foi bom e o porto de Aveiro desenvolveu esta terra. Mas deveria estar mais ao lado da Gafanha. Tem sido um padrasto mau para a Gafanha que deveria considerar como boa mãe. Sempre destruiu coisas como o esteiro do Oudinot”. |