“Cá Fora” também se pode ver arte e Nuno Silva foi o primeiro a ver utilidade artístico-cultural num espaço público que, por motivos de segurança, não podia ser utilizado. Trata-se da plataforma flutuante que se encontra no Lago da Fonte Nova e que, por motivos de segurança, não é autorizado o seu acesso. “Nunca acreditei que a minha proposta poderia ganhar o concurso porque a minha ideia é demasiado óbvia, e aplica-se a um espaço à vista de todos”, defendeu ao Diário de Aveiro. Um “ovo de colombo” quie, na verdade, passou despercebido a todos e que Nuno Silva um dia imaginou transformado numa galeria de arte. Segundo o autor da “Galeria do Cais”, “propõe-se a reabilitação de um espaço que, de alguma forma, foi abandonado e esquecido, e que só por si pode ser uma forma de arte... um espaço que “flutua” na ria... o palco flutuante do Cais da Fonte Nova”, acrescentando que esta zona da cidade, “apesar da sua qualidade urbanística, é pouco utilizada pelos aveirenses e esta forma da arte acontecer pode servir de chamariz, quer para os da cidade, quer para os visitantes”.
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