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18-10-2012

Julgamento começa hoje em Águeda: Condutor adormeceu e causou acidente com vítimas mortais



O único sobrevivente do acidente que vitimou duas pessoas, em Março do ano passado, em Lamas do Vouga, Águeda, adormeceu ao volante do automóvel, momentos antes do despiste. Esta é, pelo menos, a tese do Ministério Público (MP), que acusa o condutor de dois crimes de homicídio por negligência.
De acordo com o documento, o cansaço era tanto que Ricardo C., de 22 anos, não conseguiu manter os olhos abertos, “apesar de irem a conversar”. Os dois colegas de trabalho a quem dava boleia acabariam por perder a vida no local, depois de a viatura ter caído numa ravina com cerca de 25 metros de profundidade.
A rotina parecia repetir-se, uma vez mais, na manhã de 17 de Março de 2011. Ricardo e Pedro Castro, de 53 anos, saíram de Gondomar pelas cinco horas e preparavam-se para percorrer, aproximadamente, 100 quilómetros, até chegarem às instalações da fundição Duricast, na Zona Industrial de Travassô, Águeda. Pelo caminho, pararam no lugar de Branca (Albergaria-a-Velha) para darem boleia a Maria Pintor, de 59 anos.
Faltavam apenas alguns minutos para chegarem ao seu destino quando, ao quilómetro 238 do IC2, o automobilista adormeceu. Subitamente, o carro despistou-se, “não conseguiu fazer a curva à direita”, tomou a “direcção da margem esquerda da faixa de rodagem”. Acabou por embater num ilhéu direccional e imobilizou-se quando caiu na ribanceira.


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