A Assembleia Municipal aprovou, por maioria, a proposta de agregação apresentada pelas concelhias do PSD e CDS que vai contra a posição do líder da edilidade. A maior expetativa era o sentido de voto dos presidentes de Juntas da maioria, especialmente das que ficavam afetadas pela agregação. Mas não houve solidariedade na bancada da direita.

Na hora de votar, quatro autarcas de freguesia da coligação votaram contra: Fernando Marques (da Glória), Sesnando Reis (de Requeixo) e Telmo Martins (Nariz), todos de freguesias referidas no mapa como para agregar. Firmino Ferreira (de Oliveirinha) foi o único que esteve solidário.

O presidente da Junta de Nariz, eleito pelo CDS, guardou para a declaração de voto a sua revolta. “Damos a cara por pessoas que de um momento para o outro nos cortam as pernas”.

Sesnando Reis, de Requeixo, votou contra e não se dá como vencido. “Fui militar. Estou pronto para defender a minha Junta até à última gota de sangue”.

O presidente da Junta de Eixo, Carlos Anileiro, apesar da posição contrária à agregação, manteve a porta aberta, ao abrigo de uma “cláusula de salvaguarda, caso seja “imperioso”.

O presidente da Junta da Vera Cruz não poupou nas críticas, denunciando que houve contrapartidas nas votações. “É vergonhoso o que se passou. Realmente nós não temos categoria para ser presidentes de junta. Quando as pessoas se vendem à porque não têm dignidade”.

A proposta foi aprovada com 23 votos a favor e 18 contra. Élio Maia, presidente da Câmara, já não estava na sala principal nas declarações de voto.