Para o ator Ruy de Carvalho a crise é superável e Portugal vai voltar a ser um grande país. O ator partilhou com o médico Vítor Santos uma conversa sobre o envelhecimento. Mostraram o lado otimista salientando que “amor, dádiva, humildade e respeito” são alguns dos principais ingredientes que tornam as vidas “únicas e irrepetíveis”.

Palavras-chave na conversa em ambiente familiar que teve lugar no Cineteatro Alba com dois convidados que defendem que é possível envelhecer bem, com alegria.

Em jeito de talk show televisivo, onde nem faltou o acompanhamento musical ao vivo, o estudante de medicina, Carlos Vidal, moderou este momento de partilha de experiências, que serviu como lição de vida para muitos dos Albergarienses presentes.

Vítor Santos, no seu jeito prático de médico e professor universitário explicou que o envelhecimento é algo natural, e não deve ser visto como algo mau. “Nós envelhecemos da mesma maneira que vivemos; se formos felizes agora, também seremos, mais tarde, idosos felizes”.

Com 85 anos, Ruy de Carvalho, demonstrou uma energia invejável e partilhou o seu segredo. “Sou um rapazinho de 18 anos cá dentro e hei-de ter sempre esta idade até ao dia de partir.” Num regresso emocionado ao Cineteatro Alba, onde já representou no passado, o ator elogiou o restauro do equipamento e deixou uma mensagem aos Albergarienses: “encham este teatro, ele merece".

Apesar da carreira invejável, define-se como um “amador”, pois ama aquilo que faz e tenta transmitir esse sentimento ao público. “Ou a gente se entrega, ou não vale a pena”.

Ao longo de quase duas horas, os ator recordou alguns momentos importantes da sua vida, que estão agora documentados no livro “Os anjos não têm asas”, escrito em parceria com o seu genro, Paulo Mira Coelho.

Ruy de Carvalho mostra-se confiante no futuro e afirmou acreditar que é possível sair da crise. “Vamos fazer deste país, uma grande país, outra vez".