O município de Santa Maria da Feira vai passar a ser constituído por 21 freguesias, em vez das actuais 31. A maioria do PSD na Assembleia Municipal aprovou a proposta da maioria da “comissão permanente de acompanhamento” do processo de “reorganização administrativa territorial autárquica”, dando seguimento, no essencial, ao que tinha ficado decidido no executivo pela também maioria social-democrata.
Na votação final, decorrida no término da reunião extraordinária do deliberativo, realizada na noite de sexta-feira, 36 “deputados” (35 do PSD e o presidente da Junta de Freguesia de S. João de Ver) votaram “a favor”, enquanto 22 votaram “contra” – PS, Bloco de Esquerda, CDU e o presidente da Junta de Freguesia de Fiães. Ainda se registaram duas abstenções – um elemento do CDS-PP e outro do PS.
Segue, então, para Lisboa uma alteração ao mapa do concelho que prevê a constituição de cinco uniões de freguesias. A saber: Souto (sede) e Mosteirô; Cidade de Santa Maria da Feira (sede), Travanca, Sanfins e Espargo; Caldas de S. Jorge (sede) e Pigeiros; Lobão (sede), Gião, Louredo e Guisande; e Canedo (sede), Vale e Vila Maior.
A proposta aprovada não toca nos enclaves e exclaves e avisa o poder central de que o município feirense apenas a adoptará caso a reorganização seja, de facto, “para aplicar em todo o território nacional”.
A abrir os trabalhos, Alfredo Henriques repetiu o argumento de que mais valia o município assumir uma decisão do que esperar que a muito mencionada “unidade técnica” junto da Assembleia da República acabasse por tomar o processo em rédeas. Sublinhou o presidente da Câmara que, dessa forma, o concelho perderia 13 freguesias e não apenas 10, como o que acabaria por ficar consagrado.
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