José Pedro Guedes, o alegado “Estripador de Lisboa”, deverá remeter-se ao silêncio, aconselhado pela sua advogada, amanhã durante o início do seu julgamento, que vai decorrer no Tribunal de Aveiro.
A sua advogada, Poliana Pinto Ribeiro, entendeu que cabendo ao Ministério Público provar a eventual culpabilidade do arguido, nunca a José Pedro Guedes provar a sua inocência, deverá remeter-se ao silêncio, pelo menos para já na primeira fase do seu julgamento, que decorrerá a partir de amanhã ao longo da próxima semana. Estão já agendadas seis sessões, para os dias 15, 16, 17, 26, 29 e 31 de Outubro.
Entretanto, José Pedro Guedes será ainda esta semana submetido, em Aveiro, a uma segunda perícia psiquiátrica, conforme ontem noticiamos. Estão convocadas para já quatro dezenas de testemunhas. O Ministério Público, aquando da acusação, pediu a inquirição de 34 testemunhas, incluindo polícias e peritos médico-legais, enquanto a defesa solicitou a audição de seis testemunhas e entre as quais do director da Polícia Judiciária de Aveiro, Teófilo Santiago.
A acusação do Ministério Público, que foi deduzida em Maio deste ano pelo actual procurador-geral-adjunto Jorge Marques quando era director do DIAP de Aveiro, é contestada pela defesa, a cargo dos advogados Poliana Pinto Ribeiro e Carlos Duarte.
A advogada Poliana Pinto Ribeiro tem alegado que o arguido, José Pedro Guedes, não só nada confessou, às autoridades policiais e judiciais, como apenas “assumiu” a autoria dos crimes, perante uma jornalista, que gravou e filmou as conversas, sem que tivesse conhecimento.
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