Cerca de meio milhar de cidadãos participou, esta tarde, na manifestação cultural “Que se lixe a troika – Queremos as nossas vidas”. Figuras do mundo das artes e da cultura estiveram no coreto do parque Infante D. Pedro, em Aveiro, para mais um protesto contra a austeridade.
Houve música e poesia com participações de figuras como Rui Oliveira, Adelino Sobral (Associação José Afonso), João Martins, Backyard Soundsystem, António Duarte Morais, Mané Sanches, Carolina Rodrigues, Carla Oliveira, Rita Capucho, Marta Dutra e Orlando Figueiredo.
O teatro, a música e a dança foram expressões artísticas contra a austeridade e a troika.
Salvaguardando o direito de manifestação como “legítimo e saudável em Democracia”, este movimento já disse que é contra processos que se resumem à “criminalização cega da classe política, sem qualquer reflexão ou ponderação”. Recusando o clima de “caça às bruxas”, o movimento recusa o que diz ser uma forma de "populismo que, embora decorra de uma indignação genuína e até de uma ira colectiva legítima contra muitos responsáveis governativos, assume formas de actuação não-democrática que não subscrevemos”.
Para o futuro fica a certeza de que o movimento vai continuar ativo mas assumindo que “o problema da crise actual não decorre apenas deste ou daquele governante em particular, mas sim de modelos de governação e de subordinação aos mercados financeiros e às políticas neo-liberais selvagens, nacional e internacionalmente promovidas, que insistem em impor austeridade, empobrecer os países, cercear direitos e limitar a democracia”. |