Uma mulher, de 63 anos, ficou retida no salão da Igreja de Rio Meão, concelho de Santa Maria da Feira, durante quase 24 horas. Depois da missa da manhã de domingo, a sexagenária dirigiu-se às casas de banho e o responsável fechou a porta à chave sem se aperceber da sua presença. Só no dia seguinte, pela mesma hora, a mulher foi “libertada” por pessoas que ouviram alguns choros.
“Está aí alguém?”. Esta pergunta, feita pelo sacristão, cerca das 10 horas daquele dia, ficou sem resposta. Dorinda Pereira, que sofre de problemas mentais, nada disse quando, após a missa das nove horas, o sacristão quis fechar a porta do salão da Igreja.
As 24 horas que se seguiram foram bastante aflitivas para os familiares da sexagenária. “À medida que o tempo ia passando, a preocupação aumentava. Chegámos a pensar no pior”, contou, ao Diário de Aveiro, Maria Amélia, que tem a irmã, com quem reside, ao seu cuidado.
Maria Amélia, que também já passou por uma situação idêntica, ao ficar retida nas mesmas casas de banho (embora por um período de tempo bem mais curto), não deu logo pela falta de Dorinda. “Nem sempre vimos juntas da missa, mas, geralmente, ela chega pouco depois de mim”.
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