A comissão promotora do “Apelo em defesa de um Portugal soberano e desenvolvido” faz balanço positivo ao encontro de Aveiro em que intervieram Manuel Loff e António Avelãs Nunes, professores universitários, numa análise sobre a crise vivida em Portugal.
O encontro da última sexta-feira no Salão Nobre do Teatro Aveirense reuniu dezenas de pessoas e no distrito há 60 individualidades que subscreveram o Apelo. Este documento assume a indignação contra o pacto firmado com a Troika que segundo os promotores “afunda cada vez mais o país em dívidas, à custa de injustiças insustentáveis – perda de direitos sociais, destruição dos recursos, alastramento do desemprego e da pobreza - que comprometem o presente e o futuro”.
Manuel Loff e Avelãs Nunes abordaram as crises sistémicas do capitalismo, do ponto de vista histórico, económico e sociológico e, durante o debate ficou claro que, também em Aveiro, é reconhecida “a necessidade e é manifestada a disponibilidade para prosseguir a organização e iniciativa do Apelo Em defesa de um Portugal Soberano e Desenvolvido”.
A sessão foi animada com a atuação do “Canto Décimo”, grupo vocal formado por professores do distrito, que cantou “canções heróicas”, com música de Fernando Lopes Graça, e poemas de vários poetas portugueses, como Carlos Oliveira e José Gomes Ferreira.
Nos ouvidos ficou uma quadra de António Aleixo, citada por Avelãs Nunes: “Esta mascarada enorme / com que o mundo nos aldraba / dura enquanto o povo dorme, / quando ele acordar... acaba!”. |