O Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo faz saber, através de comunicado, que a Candidatura da Autarquia ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), ou seja a um empréstimo de cerca de 10 milhões de euros a 14 anos com uma taxa de referência de 4%), é determinada por “uma quebra de receita de cerca de 10 milhões de euros nos últimos três anos”, “uma aposta em aproveitar a oportunidade dos Fundos Comunitários para fazer investimento”,e a “necessidade de cumprir a nova Lei dos Compromissos, procedendo a um processo de replanificação financeira da sua dívida e gerindo a CMI com fundos disponíveis positivos”.

É a resposta da Autarquia Ilhavense depois da Rádio Terra Nova ter noticiado que o Bloco de Esquerda acusa Ribau Esteves de "no final do seu mandato acrescentar austeridade à vida dos ilhavenses, colocando-os reféns de uma dívida durante 14 anos".

A edilidade não gostou e acrescenta ainda que “a contratação do empréstimo no âmbito do PAEL não terá qualquer impacto ao nível dos valores vigentes de impostos, tarifas e taxas municipais”, asseguram que “não vai haver aumento de impostos, tarifas e taxas” e que no caso da candidatura ser aprovada, esta-se perante “um exercício de boa gestão financeira, não gerando aumento da dívida, nem hipoteca da sua capacidade financeira futura”, pelo contrário, continuam em comunicado, vai “permitir um ganho de capacidade para pagar a dívida, o pagamento imediato a todos os seus Fornecedores e um menor custo financeiro do serviço da dívida”.

O Bloco de Esquerda opõe-se à decisão de adesão da autarquia ao programa, a autarquia responde que são "falsas e graves" as acusações do Bloco.