A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Anadia assinou, na última terça-feira, o protocolo de aquisição de uma nova viatura de combate a incêndios florestais e rurais, orçada em 122.699 euros (+ IVA).
A viatura, que só deverá chegar à corporação no início de 2013, vai ser montada em Portugal, pela empresa espanhola Iturri e tem uma comparticipação de 85% do QREN.
O processo de aquisição da viatura contou, desde a primeira hora, com o apoio da Câmara Municipal, que ajudou na elaboração da candidatura ao QREN, assim como, ao longo do último ano, esteve em curso uma campanha de angariação de fundos que envolveu as 15 Juntas de Freguesia do concelho, Misericórdias, IPSS e população em geral, que ajudaram a amealhar cerca de 26 mil euros para este fim.
Refira-se que o concelho de Anadia possui uma enorme mancha florestal com cerca de 10.800 hectares, obrigando à existência de vários equipamentos e meios que permitam prestar um rápido e eficaz combate a incêndios florestais e rurais. Todavia, as duas viaturas existentes no quartel anadiense para combate a fogos florestais têm cerca de 20 anos, começando a acusar um enorme desgaste. A nova viatura, todo-o-terreno (4×4), com capacidade para 3 mil litros, tem lotação para cinco bombeiros.
Na ocasião, Mário Teixeira, presidente da direção dos BVA, mostrou-se muito agradado com o apoio recebido pela Câmara Municipal e demais organismos, instituições e população. Também Litério Marques se mostrou muito satisfeito com a assinatura deste protocolo que virá, na sua opinião, colmatar uma situação de carência dos bombeiros. “Hoje, as exigências são outras e esta nova viatura virá melhorar a prestação já considerada ótima dos bombeiros”. No entanto, não deixou de lamentar que a corporação continue à espera de um novo quartel, uma vez que o existente já não dá resposta às necessidades atuais. “Aquelas instalações já deram o que tinham a dar”, disse, sublinhando que a autarquia continua disponível para ajudar, seja na disponibilização de terreno para a implantação do novo equipamento, elaboração de projeto ou mesmo ao nível de apoio financeiro. “Espero que o país comece a olhar para aquilo que é realmente importante. Não pode haver só preocupação com a imagem, mas também ação”, concluiu.
CC
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