Algumas dezenas de trabalhadores da MoveAveiro marcaram presença na sessão de ontem à noite da Assembleia Municipal para protestar contra o acordo com a Transdev que prevê que este operador privado assuma três linhas da rede de transportes públicos municipais. Os funcionários foram chegando aos poucos ao edifício da antiga Capitania – primeiro concentraram-se no exterior e depois entraram para o interior.
Às 20 horas, hora marcada para o início da Assembleia, contavam-se cerca de 10 trabalhadores. O número foi engrossando com o tempo, em resposta aos apelos que o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) foi fazendo ao longo do dia. “Élio Maia condena 150 famílias à fome”, lia-se num cartaz que um motorista trazia pendurado ao pescoço. “A Câmara está a delapidar o património de Aveiro”, lamentava outro condutor da MoveAveiro em declarações aos jornalistas.
Jaime Ferreira, dirigente do STAL, acusou a autarquia de “se transformar numa comissão liquidatária dos transportes públicos em Aveiro e ao mesmo tempo em agência de interesses da Transdev, sobretudo quando procura promover junto dos trabalhadores da MoveAveiro supostas ofertas de emprego daquela empresa privada”.
O sindicalista João Claro levava debaixo do braço as 3.200 assinaturas recolhidas nas duas últimas semanas, a que se somam outras 200 de um abaixo-assinado lançado entre a população de Cacia.
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