A comemorar o 84.o aniversário, os Bombeiros Voluntários de Vagos (BVV) não escapam à crise instalada no sector e as medidas implementadas pelo Governo acabaram por afectar financeiramente a instituição.
Segundo Ricardo Fernandes, presidente da direcção, a reestruturação do sector de transportes de doentes, uma das fontes de receita, veio reduzir drasticamente a facturação. A título de exemplo, a média mensal de transportados em 2010 ascendia a 2.596 utentes, a que correspondia um valor de 34.519 euros. Actualmente, tal número caiu para mil utentes, pondo em causa toda a estrutura da instituição, que continua a pagar “dentro do prazo legal” os salários aos bombeiros assalariados.
Outra questão diz respeito aos sucessivos aumentos do combustível. Em declarações a um quinzenário local, aquele dirigente confirmou que a direcção está a proceder a uma análise financeira interna. “No próximo mês já deveremos estar munidos de dados precisos para, em conjunto com o comando, podermos implementar novas medidas e definir o percurso a seguir”, referiu Ricardo Fernandes.
Em cima da mesa poderá estar, entretanto, uma proposta para a criação da propalada “taxa municipal”. Apesar de nunca ter sido solicitada à Câmara, o presidente da direcção admite que tal hipótese terá de ser ponderada, mesmo sabendo que “seria uma sobrecarga para a população nestes tempos difíceis”.
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