“Milheirós e S. João juntos pelo coração!”. Este foi o slogan do “cordão humano”, que ontem, ao final da manhã, ligou o Seixal ao Parrinho, que o mesmo é dizer Milheirós de Poiares a S. João da Madeira, eliminando, ainda que de forma simbólica, qualquer vestígio de uma indesejada fronteira.
A acção foi participada por cerca de 250 pessoas e inseriu-se na campanha em vigor para o referendo local do próximo domingo, dia 16, no qual os milheiroenses vão dizer se concordam com uma futura integração daquela freguesia do concelho de Santa Maria da Feira no município sanjoanense.
Sem surpresa, os participantes, mobilizados pelo movimento “Cidadãos Independentes pelo Sim”, mostraram desejar a integração na cidade vizinha.
“S. João da Madeira faria com que Milheirós evoluísse em tudo”, garantiu Fátima Leite, natural e residente na ainda freguesia santamariana. Realçou que trabalha em território sanjoanense desde os 10 anos e assinalou que o mesmo acontece com “a maior parte” dos seus conterrâneos.
Fez, ainda, notar que os jovens milheiroenses frequentam os estabelecimentos de ensino da dita “Cidade do Trabalho” e não as escolas da Feira.
Júlio Leite é natural de S. João da Madeira, mas escolheu Milheirós de Poiares para viver. E afirmou peremptoriamente ao Diário de Aveiro que a câmara municipal feirense “despreza” a sua terra de adopção. Em concreto, apontou lacunas ao nível da implementação das redes de água e de saneamento.
Também assinalou que a rede viária local precisa de intervenções, que nunca mais chegam. Por isso, opinou que o município de S. João da Madeira tem mais capacidades para desenvolver a freguesia.
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