Os operários da Renault CACIA, em Aveiro, contestam a pretensão da administração da empresa de reduzir o valor do trabalho extraordinário, no âmbito do novo Código do Trabalho, tendo aprovado uma moção em protesto contra essa decisão.
A moção foi aprovada esta semana após vários plenários de trabalhadores e já foi entregue à administração da companhia, com sede na freguesia de Cacia. Segundo o sindicalista Adelino Nunes, os funcionários “exigem” que a direcção da fábrica recue na sua intenção e revelam “total disponibilidade” para avançar com uma greve ao trabalho extraordinário até que sejam repostos os valores praticados até 1 de Agosto.
“Os trabalhadores não compreendem a decisão da administração, pois sempre pagou o trabalho extraordinário pelos valores previstos no Contrato Colectivo de Trabalho para o sector automóvel e o pagamento desses valores nunca foi impeditivo da empresa ser competitiva e obter lucros elevados todos os anos”, refere o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente (SITE) do Centro-Norte.
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