A associação ambientalista Quercus escreveu uma carta aberta ao reitor da Universidade de Aveiro (UA) apelando a que o Parque de Ciência e Inovação (PCI) seja construído noutro local. “Como é possível a UA estar envolvida num empreendimento privado cujo estudo de impacto ambiental não se debruça sobre nenhum local alternativo, como, aliás, é obrigatório por lei?”, questiona o núcleo de Aveiro da instituição ecologista.
A Quercus pede a Manuel Assunção - que preside a empresa responsável pelo PCI - que “pondere bem todo este processo”, interrogando-se sobre as “motivações” de alguns dos parceiros do projecto público-privado. “É que se podemos esperar de determinados actores sociais ganância e/ou falta de formação cívica, da UA espera-se algo de pedagógico em termos da relação do homem com o ambiente, mas também de respeito pelas pessoas, de transparência e de honestidade. Espera-se, no fundo, um bom exemplo, coisa que ainda não conseguimos vislumbrar”, lê-se.
O objectivo da associação ambientalista é encontrar um “sítio com muito menor impacto ambiental e social” para o futuro complexo científico, previsto para a zona da Coutada, abarcando os concelhos de Ílhavo e de Aveiro.
A Quercus critica a “forma pouco clara” como o processo tem sido conduzido e mostra-se disposta a “avançar em várias frentes” de forma “a defender o património natural e a proteger os solos agrícolas”.
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