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06-09-2012

Aveiro: Quercus apela ao Reitor da UA para que repense localização do Parque da Ciência.


A Quercus escreveu ao Reitor da Universidade de Aveiro sobre o Parque da Ciência e Inovação. Pede ao responsável da administração ...

A Quercus escreveu ao Reitor da Universidade de Aveiro sobre o Parque da Ciência e Inovação. Pede ao responsável da administração que “pondere bem todo este processo, nomeadamente quanto à falta de estudos de locais alternativos, e também quanto à formação e motivações de todos aqueles que se juntaram nessa parceria público-privada”.

Volta a formular uma questão à liderança do consórcio que está a desenvolver o Parque da Ciência e Inovação. “Como é possível a Universidade de Aveiro estar envolvida num empreendimento privado cujo estudo de impacto ambiental não se debruça sobre nenhum local alternativo, como, aliás, é obrigatório por lei?”.

João Paulo Pedrosa assina uma carta dirigida a Manuel Assunção salientando que da Academia “espera-se algo de pedagógico em termos da relação do Homem com o Ambiente, mas também de respeito pelas pessoas, de transparência e de honestidade”.

Estranha a ausência da UA nos fóruns de debate sobre o PCI e na carta aberta disponibiliza-se “para qualquer reunião de trabalho, com visita ao local em causa, de forma a agilizar o processo de fixar o Parque de Ciência e Inovação em sítio com muito menor impacto ambiental e social”.

A Quercus considera que a empresa PCI “tem avançado de forma pouco clara em todo o processo” e acusa mesmo os promotores de usarem “argumentos falsos de forma a justificar esta obra”.

Apesar de não ter concretizado até hoje a intenção de intentar uma providência cautelar, o responsável da Quercus reafirma a intenção de “avançar em várias frentes de forma a ajudar a defender o nosso património natural e a proteger os solos agrícolas”.

Para os ambientalistas, a construção do PCI na Coutada e nos terrenos que fazem a ligação ao campus universitário “será a maior asneira ambiental que se quer fazer em todo o distrito de Aveiro, não pela ideia de um parque deste género que, além do mais, tem pouco de inovador, pois existem vários em Portugal e um pouco por todo o mundo, mas devido à localização escolhida”.

Justifica posição considerando que a infraestrutura prevista vai exercer “enorme pressão” no habitat junto à Ria, considerando que os terrenos agrícolas são de boa qualidade e que o equipamento “causa um forte impacto social” devido ao processo de expropriações.


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