As empresas de passeios turísticos nos canais da Ria em Aveiro preparam uma tomada de posição conjunta. Esta quarta-feira deverão informar as medidas em curso para impedir a taxa turística. Na prática, os operadores marítimos turísticos estão já a boicotar a cobrança.
Não há números oficiais, mas não é difícil de estimar em alguns milhares de euros a verba não cobrada pela taxa turística que entrou em vigor quinta-feira passada em Aveiro. Os operadores de barcos moliceiros boicotaram a medida que obriga a pagar um euro por cada passageiro que embarque nos circuitos pelos canais citadinos.
Na véspera da entrada em vigor, o município suspendeu a taxa na parte do alojamento, indo ao encontro das queixas dos hoteleiros. Já as empresas marítimo-turísticas não vendo as suas reclamações atendidas assumiram uma espécie de desobediência civil que vai continuar.
“Para já está tudo na mesma. A marca Aveiro como destino com taxa turística é mau. A Câmara pode encontrar a mesma receita de outra forma e não taxar o turista. Vamos ver se conseguimos. Onde todos pagam nada é caro. Porque há-de ser cobre hotéis e em barcos?” questiona Vítor Silva, da gerência da Ecoria, a mais antiga empresa a organizar passeios de barco em Aveiro, uma das principais atividades turísticas da cidade.
O município mantém-se em silêncio neste braço de ferro. A taxa de um euro é justificada pela necessidade de angariar verbas que permitam comparticipar os investimentos na manutenção do espaço público. |