Um estudo da revista Proteste, publicada pela associação de consumidores Deco, revela grandes disparidades no custo do pão. O Litoral Norte, com uma média de 11 cêntimos no "papo seco", menos três cêntimos em média que a Grande Lisboa, aparece com os preços mais baratos. Os habitantes da zona de Aveiro também não se podem queixar.
Quem compra deseja bom pão e a maioria também agradece se for mais em conta. As gerências garantem a qualidade, mas não os preços atuais. Apesar das incertezas, na pastelaria e padaria Rossio, em Aveiro, o último aumento foi há dois anos.
Carcaças a dez cêntimos, pão da avó, a 2,20 e integral a três para segurar os clientes, ainda que à custa das margens de lucro, como diz o senhor Alberto do outro lado do balcão. “A farinha subiu mas com a concorrência estamos a aguentar para ver o que dá. Fazer pão está mais caro. Em Aveiro o pão não está caro”.
Na Arte Doce, também na zona citadina, o papo seco é dois cêntimos mais caro. As notícias de aumentos nem sempre são confirmadas. O gerente Manuel Santos vê na guerra entre grandes e médias superfícies comerciais explicação para um preço médio mais baixo. “Penso que a concorrência, em Aveiro, é muito intensa”.
Uma certeza: o pão sai em quantidade inferior ao habitual e por isso também rende menos na caixa registadora ao fim de cada dia.
A Deco encontrou o pão mais barato em grandes superfícies. Em média pode ser quase 20% menos relativamente às padarias e pastelarias. |