O coordenador responsável pela gestão das equipas de nadadores salvadores da praia da Vagueira admite que pode ter havido coordenação deficiente numa intervenção realizada entre a Vagueira e a Costa Nova.
Os bombeiros de Ílhavo e Vagos foram chamados ao local mas a viatura de apoio aos nadadores já tinha assegurado o transporte de banhistas resgatados do mar. Paulo Anastácio admite que pode ter havido falta de coordenação que resulta da falta de comunicação.
Lembra que os nadadores são funcionários sazonais a prestar serviço nos apoios de praia.
“O banhista dá o alerta ao 112 e o 112, por alguma informação que poderá ter sido mal prestada de início na triagem pelo banhista, ativa os meios de Ílhavo e Vagos e estes meios, bombeiros, não têm comunicação com os outros meios no terreno. E aqui será a única falha que se pode apontar entre homens da praia e todos os outros sistemas. Faltará um qualquer elo de comunicação mas também pode ser normal porque a atividade do nadador salvador é sazonal e não se consegue criar um sistema de comunicação eficaz com gente a par de toda a logística em cada situação”.
Paulo Anastácio diz que é possível melhorar os aspetos da comunicação e adianta que poderá ser a capitania a funcionar como elo entre os diferentes agentes que estão no terreno, tudo numa perspetiva informal, assente nas boas relações entre os atores uma vez que em termos legais não há mudanças em curso.
“Sendo um funcionário de um bar de praia não está integrado em sistemas como a Marinha ou bombeiros. A obrigação de haver nadadores não é do Estado mas do concessionário. Se fosse do Estado a colocação de nadadores poderia passar pela Marinha e a autoridade marítima faria a gestão. Não sendo, e não se prevendo alteração legislativa, isto poderá manter-se. Podemos mudar localmente com apoio do comandante e gestores do projeto para o bem comum dos banhistas”.
Salvamentos conseguidos com sucesso mas com registos para a falta de coordenação ao nível da comunicação entre nadadores, 112, INEM e Polícia Marítima. |