São jogos como o de ontem à noite em Aveiro que tornam o futebol um desporto seguido por multidões. Senão veja-se: aos sete minutos o Beira-Mar colocou-se na frente do marcador através de uma grande penalidade transformada por Balboa, após derrube de João Real a Nildo, dentro da área. A esta vantagem, a equipa aveirense acumulou uma outra, já que o central da Académica viu o cartão vermelho directo, deixando assim, precocemente, a sua equipa reduzida a dez unidades.
Já perto do intervalo, Abel Camará, com um fabuloso pontapé desferido a cerca de 25 metros da baliza, fez o segundo golo dos aveirenses. Para que o cenário da incredulidade do que se viria a passar se acentuasse ainda mais, o mesmo Camará, na sequência de um canto, fez o terceiro, de cabeça. A ganhar por três golos de diferença, em superioridade numérica e com a Académica “encostada às cordas”, nada faria prever que uma reviravolta no marcador viesse a acontecer.
Mas aconteceu e com foros de algum escândalo, já que a Académica não só chegou à igualdade (3-3), como acabou o jogo a ameaçar poder ganhá-lo. Emoções fortes, sem dúvida, percorreram as bancadas, ficando este jogo a ser um dos que, sem dúvida, tornam o futebol o desporto de multidões, já que, a velha frase de que os jogos só acabam quando o árbitro apita para o final, ganhou ontem particular evidência.
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