João da Madalena afina a viola e dá os primeiros acordes, testa a voz e os ouvidos da plateia, mas lá fora apenas querem comer. O que se serve? Bacalhau, pois claro, ou não estivessem centenas de pessoas à espera que o Festival do Bacalhau arrancasse para dar as primeiras trincas no bem-amado peixe.
Antes disso, e enquanto as portas das dez tasquinhas não abriam, o grão-mestre da Confraria Gastronómica do Bacalhau ensaiava, perante os convidados do momento inaugural do Festival do Bacalhau, os seus dotes vocais e, em jeito das Trovas de Amigo, lembrou o percurso do certame, que se iniciou em 1998 com apenas duas ou três tasquinhas no jardim junto ao pavilhão do Illiabum, no centro de Ílhavo.
Agora, 14 anos depois, dos quais cinco no actual formato no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, João da Madalena regista o crescimento que este festival teve e deseja que “tudo corra bem”. Nas trovas que entoou, lá foi dizendo que o evento já foi apelidado de “festival dos santinhos”, uma vez que se realiza junto ao Navio Museu Santo André, havendo mesmo quem diga que “o padroeiro é Santo Agostinho”, numa alusão ao presidente da autarquia ilhavense, Agostinho Ribau Esteves.
|