Ulisses Pereira diz que a Câmara de Aveiro, gerida em coligação por PSD e PP, tem aspetos positivos, aspetos que correram mal por condicionalismos externos e deu, também, alguns tiros no pé. O presidente da distrital que foi o negociador da coligação que levou à primeira vitória eleitoral de Élio Maia diz que antes de pensar em novos ciclos eleitorais é preciso parar para fazer balanço. “Eu era o presidente da concelhia e negociei a coligação com o CDS. Tenho consciência que houve coisas que correram bem, muito bem mesmo, outras que correram mal, inevitavelmente, e outras que correram mal, desnecessariamente. Temos que fazer todos uma avaliação, séria, da forma como prosseguir este caminho quer seja o candidato, seja o atual presidente, seja o PSD ou o PP. Numa primeira fase esse é o esforço que as estruturas concelhias deverão fazer. Logo que entenderem que tem que haver alguma opinião da distrital ou da Nacional faremos isso sempre com a perspetiva de intervir o menos possível na alteração daquilo que sejam os consensos encontrados em termos locais”.
O presidente da distrital já assumiu que não haverá decisões à revelia das concelhias que terão poder de decisão sobre os candidatos a apresentar. Pretende manter sob liderança do PSD as autarquias onde o Partido governa. Admite que o fará em circunstâncias difíceis atendendo à conjuntura nacional. Ulisses Pereira recusa comentar a eventual escolha de Ribau Esteves para assumir a candidatura em Aveiro. Apesar dos elogios ao líder regional e presidente da Câmara de Ílhavo, explica que a escolha cabe à concelhia. Lembra que falta também esclarecer contornos sobre a lei que limita os mandatos. “Se essa confirmação legislativa quanto a essa possibilidade, que eu defendo, avance, não vejo problema nenhum que um candidato entre os 8 presidentes que cessam funções e não podem ser recandidatos nos seus Municípios, se os cidadãos do Município acharem que são mais-valias para o mesmo, não será a distrital que se porá a isso. Seja relativamente a qualquer um dos casos é legítimo que isso aconteça. O que não é legítimo é que o processo seja imposto às estruturas locais”. |