Reduzir de forma significativa os encargos com água ou electricidade é o sonho de qualquer proprietário. Em resposta àquele anseio, o arquitecto João Gavião, da empresa de Ílhavo Homegrid, quer tornar as construções “quase autónomas a nível energético, hídrico e alimentar”. O “wefi-building” é um “produto inovador e pioneiro” no país que “altera o paradigma da utilização dos edifícios”, assegurou ao Diário de Aveiro. É a primeira vez, garante, que em Portugal se constrói ao abrigo do conceito eco-amigável “passive house”, já bastante popularizado noutros países.
“Actualmente, ao custo inicial do edifício acrescem rendas - de água, energia e alimentação - durante o seu período de vida”, acrescenta o arquitecto, sustentando que o conceito permite “transformar o custo associado à construção num investimento com um período de retorno”.
“Como aliviar as rendas da água, energia e alimentação?” foi uma das perguntas que João Gavião se colocou ao avançar para o projecto “wefi-building” (“water energy food almost independent building”).
Inspirado em projectos já implementados no estrangeiro desde finais da década de 1980, o arquitecto de 30 anos descreve assim os edifícios que desenha: “produzem oxigénio, sequestram dióxido de carbono, destilam a água, usam a energia solar como combustível, produzem alimentos, criam microclimas, mudam com as estações do ano…”. “E são bonitos”, avalia.
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