A confirmação de uma estrutura com reconhecimento local, regional, nacional e internacional chega no contacto com visitantes que aproveitam o dia aberto no Museu Marítimo de Ílhavo no âmbito da celebração dos 75 anos daquele espaço.
Em dia aberto há visitas de todos os pontos do país e do estrangeiro. Teresa Costa, da Vista Alegre, aproveitou para revisitar o espaço. “Já cá tinha vindo mas a representação ajuda a criar uma ideia diferente sobre a vida a bordo”.
Uma mexicana aproveitou a presença na região para descobrir mais sobre a pesca do bacalhau. “Estive no Santo André, no Oudinot, na Gafanha da Nazaré. Esse é o único contacto com um barco da pesca para ver os espaços de trabalho. No México comemos bacalhau salgado na quaresma e no natal”.
Um jovem de 14 anos aproveitou para rever a matéria e confessa surpresas com as condições de trabalho na pesca no tempo dos dóris. “Ainda não tinha bem a noção da vida a bordo. Como este nunca tinha visto. Este, da Faina Maior, impressionou-se. Pensava que a pesca naquele tempo era mais fácil. Acho que não era capaz de andar na pesca do bacalhau”.
Às primeiras horas da manhã, António Bizarro, da associação “Amigos do Museu”, já estava á porta do Museu. Lembra o papel desempenhado por Américo Teles no arranque do projeto.
“Esta associação é a razão da existência do Museu. Sem ela não havia museu. Já em 1926 começou a trabalhar com Américo Teles que, aos 90 anos, vinha de Esposende a Ílhavo trazer peças que arranjava para o Museu. Os Amigos são responsáveis por 80% do acervo”.
Até 12 de agosto estão preparadas 75 horas de programação, oferecendo ao público diversas atividades culturais que vão desde a gastronomia ao teatro, música, cinema e artesanato.
Para esta quarta-feira está preparada uma cerimónia solene (19h30), a reabertura da Sala da Ria, seguindo-se um Concerto com a Orquestra Filarmonia das Beiras a partir das 22h00. |